domingo, 19 de julho de 2015

Esfinge

Presume-se que o perfil da esfinge, tipicamente negróide, represente o faraó Quéfren (cerca de -2600, IV dinastia). O perfil não é nem helênico nem semita: é bantu.

Brechtiana (Em memória de Abdias), de Nei Lopes

BRECHTIANA
(Em memória de Abdias)
Primeiro,
Usurparam a matemática
A medicina, a arquitetura
A filosofia, a religiosidade, a arte
Dizendo tê-las criado
À sua imagem e semelhança.

Depois,
Separaram faraós e pirâmides
Do contexto africano -
Pois africanos não seriam capazes
De tanta inventiva e tanto avanço.
Não satisfeitos, disseram
Que nossos ancestrais tinham vindo de longe
De uma Ásia estranha
Para invadir a África
Desalojar os autóctones
Bosquímanos e hotentotes.
E escreveram a História ao seu modo.
Chamando nações de "tribos"
Reis de "régulos"
Línguas de "dialetos".
Aí,
Lançaram a culpa da escravidão
Na ambição das próprias vítimas
E debitaram o racismo
Na nossa pobre conta.
Então,
Reservaram para nós
Os lugares mais sórdidos
As ocupações mais degradantes
Os papéis mais sujos
E nos disseram:
- Riam! Dancem! Toquem!
Cantem! Corram! Joguem!
E nós rimos, dançamos, tocamos
Cantamos, corremos, jogamos.
Agora, chega!
(Nei Lopes)

Ancestralidade

Ancestralidade!
Imagem retirada da página do facebook "Global African Presence".

Tera Neter

Representação proto-histórica de Tera-Neter, um nobre negro da raça dos Anu, primeiros habitantes do Egito.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Texto "Origem dos antigos egípcios", de Cheikh Anta Diop




Texto "Origem dos antigos egípcios", de Cheikh Anta Diop.
Este texto está presente no volume 2 da Coleção História Geral da África, que tem como editor Gamal Mokhtar.

Elizabeth Taylor e a perpetuação do Egito branco



Essa é a primeira imagem da seção "Apropriação cultural" e pretendo problematizar a questão do Egito branco, tão presente nas produções cinematográficas até os dias atuais.
Elizabeth Taylor no filme Cléopatra, de 1963.
A atriz se eternizou no papel da rainha egípcia, porém, percebemos o problema em representar os antigos egípcios como brancos.
O resultado dessa apropriação cultural pode ser percebida em vários filmes e novelas sobre o Egito antigo, pois a representação negra é praticamente inexistente nesse tipo de produção.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Dica de leitura: "O aflorar da ignorância e do desprezo"

O Aflorar da ignorância e do desprezo
Texto muito interessante de Gabriel Ambrósio e que coincide com o direcionamento do blog, sobre a "retirada" do Egito da África e apropriação de seus símbolos sem o merecido respeito à sua origem negra.